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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

EU nunca sei.

É mais uma tentativa:

a noite chega, quer dizer, a madrugada chega e se repete como as outras madrugadas que se repetiram como outras tais madrugadas que fraquejaram silenciosamente remoídas em minha mais tristealma. A insistência, que me faz doer mais do que se eu não insistisse por esse momento que não chega nunca, é o que me faz estar aqui. Já nem sei o que escrevo, e jamais lerei o que escrevi por medo de haver mais uma noite fraquejada. 

Porque a razão é escrever. É dedilhar, dedilhar, dedilhar sem olhar o que foi dedilhado.
Hoje a questão de honra fala mais alto do que qualquer métrica, coesão ou coerência. 
Já tomei três xícaras de café em apenas trinta minutos e suo feito uma mulher diante de uma fornalha.

Preciso transpirar palavras, mas meu silêncio não grita com os dedos. 

Amanhã talvez... 






domingo, 26 de fevereiro de 2012

O ano que morreu de corpo

O ano que morreu de corpo está revirado de sementes.




O broto está nascendo agora.

Eis vazio

Dentro de mim há uma vida desmanchada em sangue.

E nem sorrisos, e nem andares, e nem Clarice. E nem dizer que todos somos iguais, que não se joga lixo no chão e que somos apenas marionetes tentando arrancar a corda que nos embala. E nem teorias eu aplicarei porque preciso estudar e não tenho tempo pra outra alma que não seja a minha.

" Quando acabará isso tudo, estas ruas onde arrasto a minha miséria e estes degraus onde encolho o meu frio e sinto as mãos da noite por entre os meus farrapos?" B. Soares