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sábado, 12 de junho de 2010

Para alguém que não existe mais.


Prestando atenção em detalhes descartáveis, eu passei alguns dias lendo e relendo certos cadernos velhos, rabiscos em cadernetas e tentativas de poemas atrás dos livros de matemática.
Eis então, no meio de uma montanha de velharia, que me pego rindo sozinha num riso calmo de solitude.
Embriagada com tantas letras fora do lugar e erros tolos demais para ser verdade, comecei a perceber que eu ainda insisto em escrever lixos orgânicos.
Comecei a entender que eu ainda prego a teimosia de usar as palavras para dizer que eu amo viver.
(...)

Se a Tassi de antigamente soubesse que eu continuo lambendo as palavras com prazer, ela ficaria surpresa e diria: "não cansaste disso?; nossa, como eu sou parecida contigo!"

Queria tanto que ela soubesse que hoje eu faço Letras. Talvez assim, ela ficaria satisfeita em ver que todas as emoções postas nos cantos de tantas folhas não foram tão em vão assim.
...
Queria tanto que ela soubesse.
Ah, justo ela que pensava freneticamente e queria muito saber como seria eu com vinte anos.

Uma pena que o nosso passado é encubado né?!
Uma pena saber que a nossa vida é apenas sonho.





3 comentários:

Floreiro disse...

Ela sabe, ela sabe. Todavia ela parece não saber porque tantas coisas aconteceram com ela nesse tempo que isso acabou passando desapercebido.

Leitor Recente disse...

Sendo ela um sonho, entendendo ser ela um sonho, não falta mais nada para que seja perfeita.

Natassia Alano - Tassi disse...

Sei quem tu és, Leitor Recente.
Acredito no que falas, porque talvez sinta o mesmo.