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terça-feira, 21 de junho de 2011

Só preciso de uma mãozinha!

(Minha amiga me disse outro dia: “vamos exorcizar os homens!”)

Fecho-me inteira como se fosse cometer um crime
Preparo a situação; esqueço-me das proibições, dos julgamentos e de qualquer denúncia de pecado.

Crio mil formas de satisfação,
Crio mil formas de um possível gozo.
Delineio-me inteira com minhas próprias mãos
O corpo arrepia
O peito enrijece
A boca sussurra
Contorço-me até encontrar o toque que me faltava
Derreto-me em brasa
...
Timidamente sorrio aliviada e contemplo calada: “a felicidade pode estar em apenas alguns dedos”.
E durmo banhada de prazer.

O SILÊNCIO

A mastigação constante do silêncio

Você puxa o meu vestido feito uma criança que implora pelos ouvidos da mãe.

No sonho, o impossível
O inexistente
O nem que a vaca tussa

Sonho pra projetar e vejo o meu rosto sorrir
Mas é tudo mentira e eu acordo sozinha
O me comigo, o eu com mim
E me tardo na beleza da existência
Sem sonho e sem idealizações
Sem esperar nada

O encantamento do que se diz por CONsCIÊNCIA

'Suspiro-me' na ideia da verdade

domingo, 19 de junho de 2011

O despertar-se



Diferença térmica: corpo quente --- ÁGUA EM GELO
Reprimo o grito que eu daria se não houvesse a plateia
Espremo os meus olhos.

Meu rosto se banha em águas de diferentes sabores e a dor escorre pelo ralo

Respiro fundo

Desligo o registro e me enrolo numa toalha macia.


Corpo neutralizado:
Hidrato as linhas da minha pele
Tenho outro cheiro.

Sorrio diferente
Pergunto aos meus amigos se os meus olhos estão começando a brilhar.

Recomeço a yoga
Medito antes de dormir
No espelho, bellydance



A menina vai ressurgindo aos poucos do son(h)o em que estava mergulhada.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Vaga-Mito

Minha intermitência engalhou em alguma árvore e por isso, andamos em tempos diferentes: [ !i!i!i!i!i!i!i! !! ii !! i!i!i!i! ]
Porque se era pra pularmos juntos, hoje vejo que atrasei na queda e nem me dei conta, nem vi.
Eis então os pólos que se atraem e que não se encontram,
Ou que se encontram e não se atraem, já nem sei.
Porque por mais que nossos lábios se toquem e eu já nem sinto o fio condutor que atravessava nossos corpos e encontrava nossos olhos
Não, eu não me sinto Lídia em ter querido ficar um pouco mais.
Se não enlaçamos as mãos, porque haveríamos de desenlaçá-las?
Tudo bem, isso não é um choro baixo de quem sofre, é um desabafo de quem não compreende.
[...]
Não sou indecisa e nem decidida do que quero
APENAS VIVO...
Vivo um amor livre de verdade,
porque não preciso regá-lo todos os dias para me lembrar de que ele tem asas.

Quero viver porque não sei a hora do regaço.

E pra isso, tento não me agarrar em conceitos:
Não sou água, nem soro
Nem veterano
E muito menos calouro
Não me considero nada que seja enlatado e que eu siga sistematicamente
Porque conceitos podem me prender e já estou presa demais nessa goma flutuante.

Ando assim:       jogada numa solitude tranquila.



Quem sabe eu encontre novamente os teus olhos em alguma estação:
Eu sendo observadora; tu, um passageiro – como sempre quiseste ser - sorrindo feliz por andar sem grandes preocupações.




E contente por ver teu sorriso brilhar eu pulo, sozinha, no próximo vagão.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Vagalumeando baixinho

Andei de um lado pro outro - hoje - na minha cozinha
O quarto estava cheio de mim
O travesseiro não aguentava mais segurar meu peso
E o lençol cansou do meu cheiro 
Foi por isso que resolvi mudar de ambiente
Fiz torradas: umas salgadas e outras, doces (é que eu precisava sorrir)
Depois café.
Com o estômago cheio fiquei refletindo, no alto da madrugada, sobre como o meu coração tem sido infiel aos meus discursos. 


domingo, 12 de junho de 2011

PORQUE HOJE ESTÁ BOM FICAR IMERSA NESSA QUIETUDE QUE BANHA OS MEUS OUVIDOS.

Pensei que fosse feijão



Eu realmente sumi nos últimos dias.
...Estava tentando dar um jeito no meu ego.
Peguei-o com força – passei manteiga – fritei com óleo novo e ofereci a qualquer um que pudesse comê-lo sem um pingo de dó

Sim, um novo tipo de receita para fins parecidos

Ora, mas veja que eu nem precisaria desse tipo de receita se eu conseguisse chegar a um fim de um outro modo.
Aliás, veja que eu nem precisaria desse tipo de receita se eu conseguisse, ao menos, separar o que me faz sorrir da ideia de me fazer sorrir.

AH se eu conseguisse...[Seria tão mais fácil, tão mais simples, tão menos dolorido].

 O problema é que aqui dentro fica tudo homogêneo e eu acabo confundindo jacaré com crocodilo
 Acabo por confundir o que é do que não épensa que é, mas que nada é senão a falsa coral.
A bola trocada.
O irmão gêmeo doentio.
[...]


A ilusão de ótica


A droga alucinógena 

A mentira com cara de verdade


O padre pecador


...O ego com manteiga que ninguém quis comer e que por isso, continua daltonizando olhares.