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terça-feira, 25 de outubro de 2011

E no fim do túnel "um brilho fosforescente de putrefação''






                                                   E
                                               B    D
A       A       A                     O            E
   r  i    r    i         M           S                    S
     e        e          O                                     C
                          V                                          E
                          E                                          E
                          D                                          E
                          I                                            E
                          Ç                                           E
                          A                                            .
                                                                        .
                                                                        .
     E 
    Me 
 Engole
Sem parar.


(Está sendo complicado conversar dessa maneira. Mas, mesmo assim, vou tentar dialogar um pouco).







Quando pequena decorei Camões sem entendê-lo muito bem.
Hoje, o declamo como se fosse uma oração.





Me afundei no que minha mãe chama de Banho Maria e, fico mergulhada aqui por algum tempo, até que - vez ou outra - alguém me 'pesca', afirmando eu estar precisando de uma respiração boca a boca pra ver se, enfim, serei salva desse buraco de neve. Mas nunca sou...


Por isso, não vejo a hora de ter um chão concreto entre os meus pés.
Bom, pra falar a verdade, esse foi o presente que sempre quis. Falando em presente, meu aniversário está próximo. 
Nesse ano persisto em querer algo concreto em que eu possa, finalmente, jogar meus pés sem medo. 
Ainda não fiz o meu pedido aos céus. Mas, de todo modo, vou lhe contar que chão, de fato, eu gostaria de ganhar:

Um chão de cimento seco.
Um chão de cimento seco.
Um chão de cimento seco.
Um chão de cimento seco.

UM CHÃO DE CIMENTO SECO, OUVIU BEM?


MAS, eis que, eis queee, eis queee :
se chegar o dia de soprar as velinhas e o Noel, novamente, não acreditar que eu sou digna de ganhar o que espero, vou pedir para ser uma gaivota...

Sem receio e sem nada...

É isso!  Se eu não ganhar o chão, farei isso no soprar das velinhas...

Fecharei os olhos e proclamarei em silêncio:

"Senhor, quero ser uma gaivota feliz"

Imagine: 

"lá vai a Dona Maria Ninguém da Silva, lambendo as águas do mar sem se preocupar com a ‘fundura’...

Sem o castigo do pensar

Batendo as asas sem muitas razões, 
Tomando vento no inverno 
E ainda não se preocupando com destreza alguma".


É, Isso seria melhor que qualquer chão!!!!



Estou enganada?

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Eis que já sinto os ipês no cheiro da primavera.
E que me perdoe Leminski, mas o dia me pinga uma flor no olho e me enlaça.

Para minha querida Graça


Posso até parecer séria, amuada, ríspida, mas creio que simplesmente seja um humor peculiar, daqueles que não se contenta com o que as pessoas estão acostumadas a ‘rir-se a gargalhadas’.  O fato é que quase não me atrevo a rir-me e nem a zombar das coisas. Pessoas falam comigo e me dirijo a elas da maneira que me convém e, caso pareça grosseira e pouco educada, sei que é apenas impressão daqueles que não me conhecem. Até porque se me conhecessem, saberiam que o meu humor é ao contrário.
Depois que descobri a sátira, nunca mais fui a mesma. Até perdi alguns amigos por isso. Aliás, como posso tê-los perdido se nunca os tive? Nem me eram amigos, porque ora, se os fossem já teria bebido com eles. Eram apenas colegas. Colegas que poderiam vir a ser outra coisa se eu me fizesse rir quando não tinha vontade.


Às vezes me vem a ânsia em querer poder saber quantos goles de conhaque já desistiram de mim nessa vida.