Total de visualizações de página

domingo, 25 de setembro de 2011

"tripé: refletir, decidir e praticar"





Umdoistrês

Um, dois, três

[...] [...] [...]

Quanto tempo é tempo suficiente pra limpar os olhos de ressaca?
A angústia perdura e a voz fere-e-cura paralelamente.


Ei, pseudodeus...


Como é que pode tudo isso? Como pode?


Na boca do meu estômago te­m algo impedindo a passagem de alívios.
A mente não dispensa os incômodos e só consigo me concentrar nisso.

REFLITO, PENSO.

Penso.

­E saiba que eu penso porque quero, pois se não quisesse, simplesmente não pensaria. 
No entanto,  não pensar me faria doer ainda mais,  e não uma dor parecida com a que me assopra atualmente, mas outra. 
A dor que me sinto soprada não é uma dor triste, é uma dor necessária.
Uma dor que filtra e desestabiliza, que tira o ar do peito. Ou melhor, que enche o meu peito desse ar. 


Bom, talvez  o léxico não tem me compreendido, ou eu é que não tenho encontrado a palavra que, realmente, conseguisse transparecer esse sentimento. De todo modo, eu tenho referendado dor, algo que quiçá poderia ser chamado de uma inquietude crônica. 


Isso!, uma inquietude crônica! Por que não? Veja que a inquietude não tem paciência. É curiosa. 

Ok, até poderia ser assim chamado. Mas só não é  porque mutuamente há a dor [...]



''EM FIM'':  a questão é que desfibriladores me tiram do sono.

‘Choqueiam-me’.  Chicoteiam-me.

Voz nem fala por mim.
Pessoas perguntam o que eu estou sentindo.
Inspiro e expiro – inspiiiro-expiiiro. Não sei o que dizer.


Uma mudeza depois da interação. Recomeço do pensar!

[Que não pare por aí!].


Então, tudo se volta ao:


Caminhemos juntos no mundo das Marias das Dores.
Caminhemos juntos nesse refletir sobre,
Nessa sempre ressignificação que dói, mas que nos faz vida. 


E que nos fazendo, ela nos desfaz e refaz.


Desfaz e refaz continuamente.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Cocaína?


Raivosas e incontroláveis, as gotas de sal batem molhadas no silêncio ébrio.
Elas gotejam tão rapidamente que o silêncio, incomodado, desperta e responde ríspido:

“Malditas gotas que me quebram as pernas, me tiram a calmaria e despejam um rio de dores, fazendo-me ‘desaquietar’ ”.

As gotas, banhadas de teimosia, não responderam, simplesmente seguiram seu curso no rio das dores.
Na terceira margem do rio das dores de Dona Maria Ninguém da Silva [porque a vida é ambígua sempre]!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Arestóide

As nuvens abriram alas:

a favela está sorrindo e arreganhados, voam-se os pássaros.

Vão-se Vão-se, Vão-se que, no momento, pouco me interessa do deus Baco,
Chega de abutres!
Dá um tempo, Waly Salomão.
É o sol que tá saindo e eu vou é gargalhar.
Vou gargalhar "antes do sol virar mãmão"
Marinheiros, saiam do barco,
Estacionem suas galochas...
Porque a  ilha brilha.

Birilha birilha.

E se antes não havia brotado...

Se antes não havia brotado...


E se antes não havia bro-ta-do, agora...
Ah, agora...


Agora eu gargalho e digo: "aaaah, Setembro!"


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Silencitude -


Esse silêncio que detona os meus ouvidos...
Chega cedinho - no alto da madrugada – e vai respingando sem parar.
Às vezes parece quieto demais; às vezes ousado...
Fala pouco, mas me responde.
Alguns dias é o problema, noutros, a solução.

Vive tentando fugir dos conceitos: puxa as rédeas, sobe ladeiras, vai ao sótão e entra em cavernas - mas não adianta...


Ele vai ser o clichê de sempre.