Minha intermitência engalhou em alguma árvore e por isso, andamos em tempos diferentes: [ !i!i!i!i!i!i!i! !! ii !! i!i!i!i! ]
Porque se era pra pularmos juntos, hoje vejo que atrasei na queda e nem me dei conta, nem vi.
Eis então os pólos que se atraem e que não se encontram,
Ou que se encontram e não se atraem, já nem sei.
Porque por mais que nossos lábios se toquem e eu já nem sinto o fio condutor que atravessava nossos corpos e encontrava nossos olhos
Não, eu não me sinto Lídia em ter querido ficar um pouco mais.
Se não enlaçamos as mãos, porque haveríamos de desenlaçá-las?
Tudo bem, isso não é um choro baixo de quem sofre, é um desabafo de quem não compreende.
[...]
Não sou indecisa e nem decidida do que quero
APENAS VIVO...
Vivo um amor livre de verdade,
porque não preciso regá-lo todos os dias para me lembrar de que ele tem asas.
Quero viver porque não sei a hora do regaço.
E pra isso, tento não me agarrar em conceitos:
Não sou água, nem soro
Nem veterano
E muito menos calouro
Não me considero nada que seja enlatado e que eu siga sistematicamente
Porque conceitos podem me prender e já estou presa demais nessa goma flutuante.
Ando assim: jogada numa solitude tranquila.
Quem sabe eu encontre novamente os teus olhos em alguma estação:
Eu sendo observadora; tu, um passageiro – como sempre quiseste ser - sorrindo feliz por andar sem grandes preocupações.
E contente por ver teu sorriso brilhar eu pulo, sozinha, no próximo vagão.