O entra-e-sai na minha mente O entra-e-sai na minha mente
Entra e sai da minha mente
Entra e sai da minha mente
Sonhei de novo com você!
Tenho medo dos meus sonhos porque eles, muitas vezes, tornam-se instantaneamente reais... Você sabe disso!
Dessa vez eu sonhei que lhe comiam, mas só presenciei a cena porque cometi uma gafe: entrei sem bater num quarto que não era o seu.
Tudo bem entrar num quarto sem bater e depois, desculpar-se...
Mas quando eu entrei, vi que um cara forte lhe comia e que aquilo lhe agradava de-ma-si-a-da-men-te.
Foi a primeira vez que encontrei seus olhos.
Foi a primeira vez que eu não vi mistério algum neles.
Depois que eu observei o cara lhe comendo, saí do quarto e fechei a porta. Não queria atrapalhar seu bel-prazer. Ou melhor, não conseguia aceitar o seu gozo feliz.
Poxa, um cara lhe comia tão bem!
Claro, eu até que poderia pular na cama e dividir o prazer a três, mas você me olhava tão concentrado, tão filtrado... Olhares que diziam: “veja como estou sentindo prazer, querida. Veja!”.
Arrependo-me de ter sonhado com você na noite passada.
Grudou-me na mente essa cena e agora, sempre que vejo rastros seus, lembro-me do cara lhe comendo.
Tudo bem, nada de preconceito com atos homoafetivos, até gosto.
O pior é não conseguir ver mistério algum em seus olhos que antes eram considerados inconstantes e inalcançáveis.