Total de visualizações de página

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Um lugar comum


Estranho é o dia em que meus olhos não se excitam pelo cheiro da noite.
O céu me entope de amores, querendo namorar o que me resta do dia.
Reprimida pelo orgasmo certeiro, porque a lua já não me para de piscar,
Fecho a sobra da janela e me acoberto do que se diz por convencional.

Polanski me prende na tela.
O carnaval se foi e meu quarto não viu.

As pernas da gaiola chutam as veias de profanação.
Um poeta triste.


Um fio de chuva cai sobre os meus olhos, entortando o riso que restara do amanhecer
As curvas do infinito desaguam na mente espantosa
que clama pelas mais retas respostas
do que a vida há de ser.