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sábado, 12 de março de 2016

O Eu das vezes.

Dos dias de brilho frio: The Dreamer.
O sol já canta fino, assinando, pouco a pouco, o rosto recém despertado.
Dias assim lembram da beleza de estar só:
cabelos sujos
roupa gasta pelo tempo
a voz rouca,
um suspiro de outono próximo.
Algo sem demais cuidados: casa por limpar. peças distribuídas por todos os cômodos.
Há aqueles que quando pensam em felicidade,
remetem a grandes aventuras, a fugas, à família, ou mesmo
à liberdade dos pássaros.
Não.
Na poesia friccionando meu corpo,
Num entra e sai sem espaço para prosa,
um balde cheio de café requentado
faz borbulhar um ontem cheirando vontade.

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