É banal ser auto-referencial.
Vou me ter (ater) por outros olhos novamente.
Até breve!
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sexta-feira, 20 de maio de 2011
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Quente como quente
Teu cheiro entra pra dentro de mim ao modo que minhas pernas não conseguem se fazer de alicerce
Tu estás tão perto que eu quero agarrar a tua alma com apenas um dos dedos mindinhos
Depois disso, quero sorrir como quem estivesse conquistando mil mundos
Porque eu realmente estaria
(Talvez até mais de mil).
Mas como posso fazê-lo se teus olhos se quer me encontram?
Eles se refugiam em outras vilas, em outros corpos
Em outros sorrisos
Fogem de mim
Esquivam-se
Meu sangue fervilha
Queima o meu peito
Queria poder chamá-l@ de meu amor
Dizer até logo
Mas eu nunca sei quando eu posso e se posso
Esquecemo-nos de apagar a brasa, pequen@
E é por isso que tenho me sentido quente
Arrepiad@
Soluçando dores
Meu coração está suado
Pingando água que borbulha
Preciso de um banho de água fria
Quero acabar de vez com esses sentidos que me tomam de mim
E permanecem por meio século
Quero acabar... (?)
Antes que anoiteça!
E permanecem por meio século
Quero acabar... (?)
Antes que anoiteça!
terça-feira, 17 de maio de 2011
Frêmito
Rosto feito
Corpo presente
ÉS de carne.
Olhos!
...EU olho
Me torno ausente.
.
.
.
Retomo
Agora sou eu!
Uma cerveja, por favor?
Corpo presente
ÉS de carne.
Olhos!
...EU olho
Me torno ausente.
.
.
.
Retomo
Agora sou eu!
Uma cerveja, por favor?
sexta-feira, 13 de maio de 2011
DOROTIANDO
...É que é um pouco dessa paixão que me faz distrair nesse escasso período de tempo que tenho de vida. E saiba que não é uma distração proposital. Ela me toma sem eu querer:
Me pega na padaria
Na fila do banco
Na sala de aula
...
Entra pelos meus ouvidos, olhos, boca...
Nos momentos mais rotineiros dos meus dias.
Distraio-me feito pluma de travesseiro.
Caio devagar
Calmamente apaixonada
.
.
.
Ensopada em ácido corrosivo me ardo
Mergulhada em óleo velho me encharco
Depois me esfrego em qualquer coisa áspera que faça eu acordar dessa letargia vadia que é o amor (?)
Eis que isso não adianta, já que o misto de sentimentos se fez salpicão.
E colocaram muito ingrediente nele.
A dor que me aqui invade se sustenta por dias, meses...
Corrói-me por dentro, eu digo.
É como bicho de goiaba
...E eles se divertem à luz de cócegas que machucam
Picam.
Riem em movimentos.
São minhocas ensaiando uma dança:
Um tango
Um flamenco
Um bolero.
Ah, se adubassem a minha terra.
Po(b)dre moça do coração furado que respinga sangue de ilusão
terça-feira, 10 de maio de 2011
Digitações
Você diz: que que tem?
Você diz: ...
Mim diz: tu
Você diz: eu?
Mim diz: tu
Você diz: eu...
Mim diz: eu
Você diz: você...
Mim diz: eu e tu
Você diz: nós...
Mim diz: nós eles
Você diz: nós?
Mim diz: nós? nós e mais nós
Você diz: muitos nós
Mim diz: muito nós
Você diz: atados, desatados, reatados...
Mim diz: teci-tura ou tessitura ou tassi atura
Você diz: testura
Mim diz: textura testa dura
Você diz: texto cura
Mim diz: texto cura?
Você diz: só a loucura
Mim diz: preciso ser curada
Você diz: do quê?
Mim diz: de loucura
Você diz: sua loucura não é maior que a minha
Mim diz: como se mede loucura?
Doroteia!
Me dói o bucho essa inquietude.
Feito cana moída de garapa eu me retorço.
Mais de quinhentos gramas de sufoco é misturado com a’minha saliva
Um retorno
Três calmantes
Água com açúcar
Feito cana moída de garapa eu me retorço.
Mais de quinhentos gramas de sufoco é misturado com a’minha saliva
Um retorno
Três calmantes
Água com açúcar
domingo, 1 de maio de 2011
Senti pelo aspira-dor
O tapa que era pra ser na bunda se faz no sofá da sala
Três breves batidas pra tirar o farelo da paciência.
A rotina corrida antes feita para salvar um mundo corre na fila da liquidação
A roupa suja que seria lavada pra tirar o suor da mesquinhez se esfrega com a própria mesquinharia
O pano que tiraria a gordura da má vontade se torna o pano da futilidade
Laços de fita enfeitam a casa
Laços de fita disfarçam alegria e tranquilidade
As flores que eram pra simbolizar a harmonia parecem mortas, secas, tristes.
O lençol que seria colocado de molho pra tirar o gosto de sexo, mergulha no amaciante da eterna masturbação pecadora, envergonhada, escondida, reprimida.
Não adianta tentar esconder as dores no brilho do fogão
Das banquetas...
Dos pratos...
Não adianta me mostrar a polidez da panela e a bucha que fez milagre.
Nem que esfregasse minha cabeça no chão eu compreenderia essa nóia desnecessária
...
Ai dessa gente.
Ah, e essa gente que não sabe o que é bom na vida.
Ai, essa gente!
Riso-sorriso-riso-sorriso-risoesconderam-se embaixo de qualquer colchão.
É isso o que os meus olhos veem.
E enxergam, escutam, sentem, choram, derramam lágrimas de um desespero alheio.
Tenho dó.
Pobre neurose.
Isso é doença, amigo!
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