Raivosas e
incontroláveis, as gotas de sal batem molhadas no silêncio ébrio.
Elas gotejam tão
rapidamente que o silêncio, incomodado, desperta e responde ríspido:
“Malditas gotas que me
quebram as pernas, me tiram a calmaria e despejam um rio de dores, fazendo-me
‘desaquietar’ ”.
As gotas, banhadas de
teimosia, não responderam, simplesmente seguiram seu curso no rio das dores.
Na terceira margem do rio das dores de Dona Maria
Ninguém da Silva [porque a vida é ambígua sempre]!
Nenhum comentário:
Postar um comentário