Ladrilhos
no chão
A
pá que te cova não arde mais os olhos.
Nem
mais o sal, nem o alho refogado
Nem
qualquer noção de morte
O
medo já se fez parte
E
no fazido tomou conta.
Contido,
dissipou toda forma de perigo.
Rei das artes, das selvas,
Rei
dos felinos, dos filmes antropofágicos.
O
que há em meio ao deserto mais árido?
Vales
da morte?
A
mão se coloca no fogo e a cabeça das rajadas de vento.
Pula
a cordilheira, anda no gelo,
Acampa
em meio aos espinhos.
O
que pode mais acontecer?
Uma dor de cabeça, um dedo quebrado, pés molhados, câncer de próstata.
Um
ano a menos, alguns menos batimentos cardíacos.
Um
dia sem comer chocolate?
Enquanto cantava que perdera seu medo da chuva,
Descobri que o sim é um passo que
se dá no vazio de um suspiro ansiante.
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