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domingo, 16 de junho de 2013

PSICOMANIA

 Ladrilhos no chão
A pá que te cova não arde mais os olhos.
Nem mais o sal, nem o alho refogado
Nem qualquer noção de morte
O medo já se fez parte
E no fazido tomou conta.
Contido, dissipou toda forma de perigo.

Rei das artes, das selvas,
Rei dos felinos, dos filmes antropofágicos.

O que há em meio ao deserto mais árido?
Vales da morte?
A mão se coloca no fogo e a cabeça das rajadas de vento.
Pula a cordilheira, anda no gelo,
Acampa em meio aos espinhos.
O que pode mais acontecer?

Uma dor de cabeça, um dedo quebrado, pés molhados, câncer de próstata.
Um ano a menos, alguns menos batimentos cardíacos.
Um dia sem comer chocolate?

Enquanto cantava que perdera seu medo da chuva,

Descobri que o sim é um passo que se dá no vazio de um suspiro ansiante.



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