Total de visualizações de página

domingo, 13 de março de 2011

Há (esque) cimento!


Quantas garfadas? Quantos banhos tomados? Quantos acenos de mão?

Quantos dias...

Quantos anos já (?) e eu sei de nada. Eu faço nada!

No máximo eu tropeço;

Eu esqueço...

Bem às vezes é que eu consigo me jogar (ou, acreditar que me jogo).

Mas e daí?,

que cargas d’águas faço eu aqui nessa bolha?

Ando ocupando lugares; tapando buracos; preenchendo avenidas...

Fico enfeitando bancos de praça e sorrindo para outros matadores de tempo.

Mas eu também assassino as horas, maltrato os segundos e asfixio as (quem sabe) futuras pequenas sensações de êxtase. Além disso, dou um jeito de repousar trezentos minutos a mais todos os dias. Depois, mentalmente eu:

Corro

Corro

Corro e choro porque tem um coro que diz: “Hoje! Hoje! Hoje é o dia!”.

E então, eu Dona Maria Ninguém da Silva, esqueço-me de que hoje é o dia porque amanhã eu nem lembrarei de que hoje existiu e, imediatamente, lembro-me de que já pensei nisso antes.

De novo eu choro, mas mais que antes porque agora eu percebo que não consigo viver de verdade. É neste perceber que esfolo a terça parte das horas que eu poderia, atentamente, degustar do todo que me encanta.

Eu me anulo a cada dia que passa...

( E o que eu quero é desmorrer logo).

Nenhum comentário: