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quinta-feira, 22 de maio de 2008

Oh virgem senhora...



E a Festa de Nossa Senhora do Caravaggio está aí.
Houve procissões, fogos...essas coisas de festa de interior.

Mas, quando o quesito é temperatura, a tradição parece ser quebrada. Primeira vez em 57 festas que o calor assola o bairro. Tá louco, é pra moer, bentido aquecimento global dentre os peregrinos.
O pior é que não combina...
Quem é do Caravaggio sabe bem, cadê o cheirinho????
Tenho pena dos que compraram roupa. Sabe que aqui é assim, eles não falam que vão comprar roupa para o inverno, mas sim, para festa de maio.Chegam lá e um fica olhando ao outro pra ver a roupa que você está. Pior que Paparazzo.
Na última eu fui de tênis, não quis nem saber, melhor que anda
r igual ao Caderudo e atolar na grama. Se bem que eu tô 'velha', nem de tênis eu combino mais. Sabe quando tá mais que na hora de começar a se vestir mais elegante?...Pois é, tô nessa. Tenho que arranjar namorado né?... Tô brincandoo, ainda nãoooo!, tenho a facul pela frente.
Continuando sobre a festa. Tem barraquinhas de bugigang
as, algodão-doce, crepes, maçã do amor...Showzinhos, cavalinho, roleta, tiro ao alvo...Sem falar no parque, bommmbaaaa! Até eu tenho vontade de ir, corroo-me, as pernas balançam de uma forma que só falta um empurrãozinho pra eu estar lá em cima da roda gigante. Agora imagina a festa da criançada.
Ta, quase esqueço o principal da festa. Tem missas... Ah, deixa pras mães irem. Não, nada disso... 'Bora' pagar os pecados, eu fui hoje.E olha que é quinta-feira.
Domingo tem a chegada da Nossa Senhora do Caravaggio, juro que essa parte é de se arrepiar. Faz dois anos que eu não assisto devido ao... ao...ao...ta, ao Matusa no sábado
! Ninguém é perfeito né?...

Quando menor eu ia de anjinho, quem nunca foi??!!. Íamos em cima do caminhão, todos com vestido de cetim branco, arrastando ao chão.Era frio, sempre tínhamos que colocar duas blusas por baixo, estragava o figurino às vezes. Para acompanhar, levávamos pindurado com alça no pescoço, uma caixinha de sapato forrada com papel crepom também branco. Dentro havia pétalas de flores que jogávamos nas estrada e inclusive, na santa.
Lembro como se fosse hoje, na busca da virgem e na chegada ao Caravaggio, os ''anjinhos'' entravamos num coro, cantando:


Mãezinha do céu
Eu não sei rezar
Eu só sei dizer
Que eu quero
Te amar

Azul é teu manto
Branco é teu véu
Mãezinha eu quero
Te ver lá no céu
Mãezinha eu quero
te ver lá no céu.



Saudade que fica por aqui.




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