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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Dias luminosos! Gratidão por 2009.
Ano de muitas bênçãos.
De muita luz e amor.
Essa minha conexão com a existência me deleita a cada dia.
E por isso sou grata por tudo que me tem acontecido, por todas as pessoas que têm passado por mim e deixado uma luz no meu coração.
E cada dia assim será... Um presente do universo.
E tudo é lindo!
Permita que a sua luz brilhe.
Feliz 2010!
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Presença.
Eu acordei.
Eu acordei e disse...E disse...E não disse nada, porque eu apenas acordei.
Acordei.
Ei, acorda! Não é simplismente acordar. É : A-C-O-R-D-A-R!
É fácil e muito nítido também, é só você enxergar aí dentro. Tenta.
Eu saí de casa e senti o vento só porque ele fez meus cabelos sentirem meu rosto.
Pois é... Hoje eu dispertei.
Meus olhos ficaram murchinhos só de ver o sol.
Meu coração dilatou.
Eu fui caminhando...
Caminhando descalça.
Toquei o chão gelado. Lados opostos dos sentidos...Era calor.
Depois, lajotas. Elas são ásperas.
Meu pé esquerdo... _Ai! Eu disse.
...Bati meu dedo na calçada. E era o mindinho.
Doeu.
Grama? Alívio momentâneo, sentidos bons, trec-trec...Barulhinho bom também.
Asfaltoquentequeimou.
Algodão???
Não, são nuvens!
Tenho dito: eu acordei.
domingo, 29 de novembro de 2009
O que será?
Eu gostava da flor vermelha, mas me deram a flor rosa.
Frustração.
Tiraram-me a rosa quando eu já havia me familiarizado com ela. E, ofereceram-me então a vermelha.
Mas, a rosa tinha 'virado tão minha.
sábado, 28 de novembro de 2009
( ., ), ( ,. ) ou ( ; )
Um ponto atrás de uma vírgula, uma vírgula atrás de um ponto?
Um ponto e vírgula?
...
Continuo preferindo as reticências!
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Brincando de colorir!
Oi, eu vim aqui hoje só pra dizer que eu queria reciclar os meus choros em vão.Minhas tristezas vagas, que aconteceram(...Para quê?).
Recicla-las em baldes com tintas coloridas para escorrer um choro fluente e alegre, caso me permitir.
E assim eu nasceria novamente, parecida com um rio. Um rio com suas correntes e com sua vontade de seguir.
Olha...Nascer, eu nasço. Aliás, todo o dia eu nasço. Todo o dia eu sou quem nunca fui e quem nunca serei.
Porque não existe o choro chorado e nem o riso rido.
Há só uma brincadeirinha de colore e descolore, certo?
Há só um riozinho que circunda por aí. Vazio “coitado”, mas cheio de baldes com negocinhos coloridinhos. E daí você escorre todo o santo dia o que quiser nele (desde sorvete a barro) para deixar do jeito que você quiser. Que é para quando chegar à noite, a nuvem apagar tudinho só para você poder colorir novamente.
(Às vezes chega até dar a impressão de que é infindo).
Ah, eu adoro brincar de colorir... Cada dia de uma cor.
Às vezes azul; noutras rosa! Sabe que têm dias que eu nem fico com vontade de pintar? Mas, também têm os dias que eu abro mão e coloro tudo com cinza. Ué, cinza também é cor, não?
Mas, eei!...Vou contar uma coisa a vocês... Hoje eu to adorando um arco-íris.
Daqueles bem bonitinhos, sabe? Daqueles que quando a chuva forte passa...
Só resta arco-íris.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Coração dual. Mente dual.
Repetitivamente:
A mesma água que refresca, afoga. A escada que sobe, desce. ...O show pode ser do que você quiser.
Mas, a lágrima de hoje é triste.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
sábado, 17 de outubro de 2009
Um amor nu, cru e temperado.
Era o que eu tinha em mim.
Tinha sede da verdade salgada
Mas ela era salgada demais e, realmente, dava-me sede.
Sede de saber, sede de experiência.
Um dia me disseram que o mar era feito em sal e eu quis mergulhar.
Mergulhar num amor doce.
Mas doce também me dava sede.
Sede de refresco.
Sede de sentir a água leve tocando na pele.
Calmaria
Vislumbres, talvez.
Oxigênio (in)terminável.
Um oceano de prazeres? Mal sei.
Bem sei é que o que me dava sede era a velha história da Maria...
Aquela que amava o João.
Por isso que eu tinha medo de tanto sal ou até de tanto doce.
Quiçá, o medo da sede.
Medo ou não medo, eu mergulhei.
De cabeça ou não...
Eu mergulhei.
Sede. SE- dê.
SE-DE no amor doce e na verdade.
Verdade temperada com mentiras bobas.
Ou mentira temperada com verdades bobas.
Vai saber a que temperatura
Ou até em que tempo se atura, não é?!
O temp(oral) ou real...
Pouco importa.
O tempo é de estar
E de tentar.
Tentar com medo
Sem medo...
Se haver sede??
Se-dê.
Se flutuar, melhor.
Se não?!...
A sede é saciável.
...o resto nem preciso falar.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
F(C)OME.
Fazia tempo que eu não sentia fome.
Tempo que a barriga não roncava mais fortemente e que a perna não ficava tão fraquinha.
Não pedi comida, não mendiguei em qualquer esquina, em qualquer breve viela ou marquizes da vida.
Dessa fome eu pensei cuidar e quiçá, jejuar.
Meu rosto tentava disfarçar e em minha mente eu afastava qualquer pensamento que traduzisse banquetes.
OSCILAÇÃO.
Eu aguentaria?
Eis então o almoço.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
PALAVRAS PORCAS E PODRES- ( não prossiga)
... ( reticências)
(Eu poderia começar a escrever nisto com essas reticências, ou ainda nem escrever.Escolhi as reticências).
Eu comecei assim: ... ( ..., backspace ... backspace.... aaaaa, backspace novamente).
Eu uso estes salvos pontinhos quando nunca sei por onde começar (Começar o que nunca há de terminar).
Elas me salvam, ou melhor, fingem me salvar.
(Ah, e a propósito, essas palavras entre parêntesis ou parênteses, são quando eu to pensando...e as que estão fora dos parênteses, são não pensando...E pensando também, porque eu leio com a mente e escrevo com a mente, né?!) - (Detalhe, o que eu escrevi foi pensamento e esse e esse e esse. Ai, to ficando louca).
...Enfim, mas voltando aos pontinhos e a não saber o que escrever.
Me dá uma agonia querer escrever algo e não ter inspiração, parece que essa falta de inspiração será eterna e eu nunca escreverei o que eu realmente quereria escrever.
Daí dá nisso...
E eu sempre acabo falando que nunca sei escrever.
Alguém ( se alguém lê isso) até poderia dizer: "SE não sabe, então por que continua escrevendo?"
E eu respondo: porque eu amo não saber o que escrever e depois despertar e eu escrever algo e não escrever e escrever novamente...Mesmo sendo escritas assim, mesmo lixos ASSIM...Um dia eu reciclo tudo. Tudo bem bonitinho.
sábado, 3 de outubro de 2009
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
No país das marav(ilhas).
Narra(dor) narrou a dor de uma menina que pro(curava) est(ar) livre de qualquer situ(ação).
(Situa)ção de pena, incômodo, ódio e saudade.
Narrador disse que ela foi além.
Ao ALÉM, ao ALIEN...
Além de qualquer expectativa.
Depois de um tempo a menina se curou e se a(r)-mou, amou... Na verdade ela se ama, ou ela ama,mas a maior das verdades é que ninguém sabe.
Hoje ela é livre. E anda livre...
Aliás, ela está livre de qualquer sentimento que narre-a-dor.
Quem me disse?
Ah, foi aquele ''moço'', aquele que narrou.
Mas...
Mas, eu bem sei.
Este moço mente!
Mente.
Mente.
Ment(ira).
Ele me-tem sem eu tê-lo.
Eu nem quis mais saber da história da menina...
Eu fui escrever ao mundo que 'queria ganhar um saco cheiio de friozinho na barriga, pernas bambas e um pouco de medo também.
Mas acho que ninguém pode me dar, nem mesmo aquele moço.
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Mágramática - O Teatro Mágico
Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
Todo verbo é livre para ser direto ou indireto
Nenhum predicado será prejudicado
Nem tampouco a frase, nem a crase
Nem a vírgula e ponto final
Afinal, a má gramática da vida
Nos põe entre pausas
Entre vírgulas
E estar entre vírgulas
Pode ser aposto
E eu aposto o oposto
Que vou cativar a todos
Sendo apenas um sujeito simples
Um sujeito e sua visão
Sua pressa e sua prece
Que enxerguemos o fato
De termos acessórios para a nossa oração
Adjuntos ou separados
Nominais ou não
Façamos parte do contexto
Sejamos todas as capas de edição especial
Mas, porém, contudo, todavia
Sejamos também a contracapa
Porque ser a capa e ser contracapa
É a beleza da contradição
É negar a si mesmo
E negar-se a si mesmo
É muitas vezes encontrar-se com Deus
Com o teu Deus
Senhoras e Senhores
Que nesse momento em que cada um se encontra agora
Um possa se encontrar ao outro
E o outro no um
Até por que
Tem horas que a gente se pergunta...
Porque é que não se junta tudo numa coisa só?
domingo, 13 de setembro de 2009
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Tesão sadio
Eu fico tão boba no mês de Setembro.
Cuspo montanhas de palavras doces e eu sou, realmente, boba.
Eu sorrio com o vento, com o sol e até com as minhas lágrimas.
Quando eu fico feliz e sorrio, fico com vontade de chorar. Chorar lágrimas de açúcar. Ou de sal mesmo. Eu gosto de sal. Sal tem gosto de ... Salgado?
É, Salgado. E é tão bom o salgado, salgado não enjoa tão facilmente.
Ai, mas eu gosto tanto de Setembro...Preciso engolir Setembro.
Queria comê-lo.
Ou até mesmo... Bater foto de Setembro.
Mas, não gosto de fotos.
Fotos não têm cheiro do momento. Não têm cheiro e nem gosto.
Queria que as fotos tivessem gosto e cheiro.
Se bem que se assim fosse, enxergaríamos o desconforto de alguns momentos. Ou ainda, não precisaríamos, novamente, a vivência do momento.
...E eu não sentiria falta de Setembro, e/ou eu poderia sentir Setembro em Julho.
Pensando bem, as fotos são melhores assim...
Sem nada, sem semblante. "Farsetas" como elas só.
Setembro é uma delícia e além disso, orquídeas são afrodisíacas.
sábado, 5 de setembro de 2009
><.
"A chuva já passou por aqui
Eu mesma que cuidei de secar
Quem foi que te ensinou a rezar?
Que santo vai brigar por você?
Que povo aprova o que você fez?
Devolve aquela minha TV
Que eu vou de vez
Não há porque chorar
...
Deixa pra lá"
trecho da música : Santa Chuva
Maria Rita.
Composição: Marcelo Camelo
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Estação. Estas são. Esta é.
É setembro.
Setembro é.
Se tem- alegria
Se tem- brasa
Se tem- sorriso (quase que) constante
'Cê' tem- eu tenho
"NÓS" temos
Bem-vindo, se-tem-bro- tou!
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
''Des (z) - existências.
Se pensas que silêncio é incômodo,
Para mim... é reviver.
Prefiro que tu te calas.
...
Deixa o passado encubado.
Ele passou. Não o faça desmorrer, por favor.
É melhor pra mim.
Esse passado, se virar presente...Volta a ser passado.
E eu quereria um presente eterno.
Deixa para lá, acolá...seja aonde for.
Mas...longe de mim!
Eu agradeço.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Lúdico?
Eu queria sentir a paz de um parque calado.
Eu necessitava cantar qualquer música que fosse...( desde a mais frívola até a mais clássica).
No momento em que meu corpo pedia, meu mais oco inconsciente suplicava um aconchego, uma vadiagem tão sólida e ao mesmo tempo tão culta.
...Eu queria sim (aquele parque).
Ele parecia tão sóbrio, consciente...verdadeiro.
Aquilo era um querer e eu amava o momento colado, oportuno, silenciado.
...Mas ele se recusava a me querer.
...Ele repudiava,
Pedia ao vento para me explicar que lá não era o meu lugar ( pelo menos naquele instante).
Ele me maltratava só com o olhar cinza de seu balanço vazio.
O parque precisava cantar mais que eu.
Ele queria descanso.
E eu entendo o que é isso.
Por isso voei.
Voei e conversei o meu eterno silêncio...Longe do parque.
Longe do parque vazio.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
'Engasgamento.
Se ainda não lhe disse, meu bem...
Tenho que dizer: ___já é tarde e preciso sonhar.
Deixo a verdade do teu adeus
Deixo a saudade dos teus lábios nos meus
Cansei e devolvo a tua saliva com um beijo salgado.
Porque é assim que preciso libertar o nó duplo entre a sua razão e o meu coração
Pois é assim que eu levo a minh'alma.
Pois é assim que levo a vida.
É preciso recomeçar um dia e esse dia se chama... Chama-se... Eu chamo.
Caminharei pra sonhar um sonho mais leve.
LEVE
LEVE...
Leve com você as minhas mais lindas palavras, que é pra quando você amar,
Declamá-las para/com sua mais nobre paixão.
Que só assim, (não mais) meu bem, saberei que um dia valeu a pena amar.
Que um dia valeu a pena amar...
Que um dia...
Eu poderei sonhar um sonho leve... leve
Leve, meu bem... Porque eu cansei e vou me privar da dor que é tentar sonhar de novo.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
sai sai saiiee.
O silêncio engasgado dói tanto que dá vontade de gritar assim: bláááá, blééél blóóóóóó...e blluuu também.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Açúcar.
Eu to com vontade de chorar.
Chorar a minha felicidade.
Ela está tão cheinha desse lado.
Eu pareço aquele pássaro que vi lá no pátio...Ele se mostrava tão feliz na poça de água.
domingo, 2 de agosto de 2009
Uma volta no... relógio?
Naquele dia que eu respirei a solitude, ainda assim eu esperava um ar mais conjugal...
Eis que avistei o Sr. Tempo vagar por aquela rua cinza em frente a minha varanda.
Eu deliciava um quente e aromático café.
Convidei o Sr. Tempo para dar uma parada e me fazer companhia.
O Sr. Tempo foi ríspido e laconico: "Depois eu vou, to atrasado".
Quando o tempo chegou eu já tinha ido.
E o café?
...O café esfriou.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Etiópia em mim.
Essa fome que mata qualquer inseto¹ idiota.
Essa fome que suga qualquer ideia de medo. (Medo da solidão?)
Fome- mofo. Eis que prefiro morrer de mofo que de fome.
A fome é falsa e ansiada por termos sociais, o mofo é a falta de vontade sob a saciedade passageira.
Ai fome. Fome de termos emocionais e anseios que se transformam em lixo orgânico.
Lixo que se decompõe em etapas...
um dia,
dois dias...
o lixo evaporou e deixou o cheiro podre que rodeia.
Rodeia.
Pessoas regurgitam vontades artificiais (Artifício²) que morrem.
Morrem tão imprazerozamente e inadimissivelmente para quem tem e para quem ganha.
Que pessoas...Que pessoas esfomiadas.
Prefiro ter em mim a alma mais seca, que aquela que tenho dito.
...Num mundo aonde se passa fome, aquele que jejua sem falar é o que me apetece.
Grande fascínio aquele que vive a vida sem esmola.
Você sabe do que eu to falando. Sabe sobre o que quero dizer.
Bem...
...É que quando se sacia a fome...
a comida não desce.
E se você vir um banquete...
Tudo isso vira enjoo.
________
¹.
².
quinta-feira, 9 de julho de 2009
sábado, 4 de julho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Mandaminésia
- Eu comerei meus sentidos pra ninguém roubá-los de mim
- Abolirei qualquer sensação de fragilidade
- Deixarei a sensibilidade não se sensibilizar e correrei pra longe da palidez
- Contarei palavras e calarei vantagens
- Brincarei de ocupação
- A mente permanecerá cheia
- Cheia de vazio. Um vazio oco que me deixará serena
- Flutuarei
- E se caso amanhã eu viver...Eu não minto sobre o que eu fal(o)ei.
- O que mesmo eu disse?
Morfina
Olhos repudiam lágrimas
Lágrimas de lama passeiam pela pele interna
Olhos repudiam lágrimas
Coração engole dor
Lágrimas de lama afogam o peito
A mesa podre
A cadeira vazia
O Sol brilhando sozinho
A vida fugiu pro parque
O balanço molhado com gostinho de chuva
A poesia abusada
Usada!
Uma música...
A melodia que canta uma dor
Olhos trêmulos
Mãos trêmulas
Formigas na boca do estômago
Cheiro de carne
Carne viva e podre
Morta a integridade
Poema porco
Sensação engolida
Acumuladas lágrimas
Voz vomitada
Sens(ação)
Senso
"Sim-to''
Sentia
Anti-humanismo
Anti-dor?
Antiosistemaegoano
Doeu um dia
Um dia doeu
Um dia é pouco
Um pouco no dia e um pouco na noite
Dia tem cara de noite e noite de dia
Alguém me empresta aquela agulha?
quarta-feira, 17 de junho de 2009
A linha e a agulha?
E eu pergunto: O quê?
eu pergunto: Por que?
u pergunto: com quem?
pergunto: onde?
gunto: quando?
Eu e não tu
Comigo.
No vazio excitante
Lá no meu infinito. Esse que você não alcança nem mesmo em sonho.
Nem que queiras.
Nem que nada.
Alguém entende? Entende alguém.
proposiltal, proposital, propositaallllllll... prisão presa...Você, eu.
Carangueijo não é borboleta. Ah, se eu fosse um Sábio Chinês...
Fogo, foguinho, fogão.
Amadurescência?
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Espelho a vapor
Espelho.
Banheiro.
Me vi lá. Inteira.
Era eu.
Eu com frio.
Tomei o banho quente
Eu.
Eu tomei o banho quente.
Lavei a alma.
Senti na pele
Senti a pele.
Eu me vi no espelho...
Eu havia me visto e...
Espelho? Aonde?
Eu não me vi.
Vapor ---------tirou
de------------- mim
a --------------imagem
que------------ eu tinha.
Vapor some como lembranças nas cabeças de monstros falantes.
Monstros falantes lembram do vapor no espelho...
O vapor que tapou meu rosto nítido naquele dia frio.
Arrasto a mão por entre o espelho e lembranças. Quero me ver, quero apagar. Tenho direito?
Amor metido.
Raramente falo de amor. Eu queria, mas tenho medo dele.
Tenho medo do amor porque ele rouba a paixão.
Ele rouba e não devolve. E isso é muito feio!
sábado, 6 de junho de 2009
Reto
Minha mãe tem dito que quando arde é porque ta sarando. E eu ainda preciso acreditar nisso pra seguir.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Como comer chocolates.
Abro o plástico-papel do chocolate. O barulho é instigante.
Cuido para ninguém ouvir.
É, eu o abri.
Analiso, reparo e o observo. Viro de um lado para o outro.
Começo pelas bordas, do exterior para o interior. Deixo o recheio para o final.
Mordo um pedaço pequeno e empurro para dentro dos meus labios.
Preciono a língua ao céu-da-boca até derretê-lo e dissipar o sabor em minha úmida boca.
Jamais engulo verozmente.
É uma música. Eu o sinto.
Saborear é escrever.
Agora, eu fecho meus olhos porque chegou ao interior. Ao âmago.
Eu saboreio intensamente.
É o recheio.
Ninguém me atrapalha.
Estou sentindo.
Ele está em minha boca, derretendo-se.
Tento adiar o fim já próximo. Mas, o prazer inacabável se acaba.
Lambo meus dedos com satisfação e querendo mais. Contudo, ACABOU!
Então, apenas acordo e penso em como ele, realmente, é bom e hipnotiza.
* isso que eu não sou tão fã assim.
( relato com o kinder-bueno).
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Ei, tu!
Eu falo pra ti.
Nesse meu eu, o eu fica teu!
Então eu mudo. Eu falo: tu estás precisando de um aconchego.
Você lê o ''tu'' e o tu não é o teu 'eu é o 'tu de alguém que não és tu.
E eu não sei como falar.
Mas se me compreenderem...Estamos ferrados!
sábado, 30 de maio de 2009
Havaianas, nem todo o mundo usa.
Naquele fim de semana, a senhorita pé se preparava para uma festa na sua antiga cidade. Ela queria calçar algo confortável. Algo muito confortável. Então, ela optou pelo que ela usava quase semanalmente, um par de havaianas. Isso, havaianas. Afinal, todo o mundo usa.
O par de pés, tortos e peludos, amigo da senhorita pé, colocou 'mó fé e mandou tocar moral nos pés de ''taquinhos'' daquela cidadezinha.
Mas, a senhorita pé repensou. Ela então se interrogou: " Usarei havaianas para a uma festinha?, é...Acho que não. Além do mais, está esfriando".
De acordo a situação, a pé foi apertada em seu 'scarpan preto de bico e salto finos.
Lá na festa, ela cansou de andar e ficou igual aos pés ''talquinhos'' daquele lugar. Se comportou, passou mal e, sentiu-se igual a todas elas.
Não vou dizer que senhorita pé se arrependeu em ter-se apertado por mera frivolidade e discrepância. Entretanto, conversando com um pé de idade mental semelhante aos pés ''princesorís talquinhez'', ela pontuou: " Era para eu ter ido de havaianas, estou meramente calejada."
Enquanto o pé jovial revidou: ''Havaianas????? Pensas que tais aonde???''
Estupefata, a senhorita entendeu. Entendeu do porquê deles estarem tão longe da cabeça. Mas, não compreendeu. Não compreendeu e saiu.
Saiu descalça, sentindo as pedras no caminho, a poeira seca e, talvez, macia...
É, senhorita pé se imunizou.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Ventila- a-dor.
Sfuuuuu...fuuuuuuuuuuu.
Empurrei o ar e virou vento.
Vento foi e levou passados. Paaassados...Passados...Passou!
Vento chegou no presente que vira passado amanhã;
Chegou no amanhã que virou ontem.
Ontem eu vi o orvalho.
Hoje, meus olhos são falsos no orvalho do dia anterior.
Eu narro o falso que já foi verdadeiro.
Somos memórias.
Eu falo por alguns.
Ei, não posso falar por outrém.
Eu é que sou memória.
Vi agora um beija-flor beijando, desesperadamente, a flor vermelha.
Você lê uma mentira.
O ar ventilado, ventilado, entilado, tilado, lado, do, o passado, passooou!
Passou é pretérito perfeito.
O pretérito é imperfeito.
É presente, é ausente.
É nada e tudo.
Vazio e cheio também.
É suporte e desabamento.
O passado passa, o presente e o futuro também.
Presente não passa e não volta.
Futuro não chega. Passado chega.
Passado foi e vai.
Igual ao ar que faz e fez: sfffuuuuu!!!
terça-feira, 19 de maio de 2009
Os meios justificam os fins?
Sem fins e sem meios pra escrever algo produtivo.
E o que seria esse ''algo produtivo''?
Algo que um tal alguém perderia uns 5 minutinhos lendo. E com isso, acrescentasse algo na vida, no dia, nos minutos... ou sei lá o quê. Talvez só o fato de dizer: é verdade ou concordo contigo, seja esse algo produtivo.
Mas, o dia hoje não leva a essas funções de foco e assuntos sobre a crise mundial ou até mesmo sobre a gripe H1N1.
Na real, eu to pouco me f* pra essas coisas ( neste momento, claro). Só que esse ''nem aí'' meu, volta-se pro ''to aí'' dos outros.
Mas, de fato, eu ''to nem aí''. Pois, os ''to aí'' dos outros, são só ''to aí e não quero ler essa porra de blog''. Então, se o pessoal do ''to aí'', não quer ler essa p* de blog, é só não ler.
Porém, no momento em que eles estão lendo isso, eles notarão só aqui, nessa palavra aqui, que isso é uma coisa totalmente não produtiva.
Daí, eles vão lendo e vão lendo até aonde a improdutividade vai parar.
E nada acontece, porque, realmente, eu não coloco nas linhas alguma coisa interessante.
No fim...
É fim.
E, agora, que a vontade de escrever mais se despertou, o sono vem e me deixa assim.
Vontade X Sono.
E o que sucede é que vontade X sono, gera a improdutividade.
Quem sabe, a coisa produtiva é para você, do ''to aí'', aprender isso. Ou não, né?
Beijos, love.
Grata.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Areia nos pés.
De que forma eu poderia escrever sem colocar um 'eu aí?
O egoísmo perpassa por mim de uma forma tão escancarada, mas ao mesmo tempo tão nas entrelinhas, que eu ruborizo(e novamente o eu aí) pelo jeito de como eu uso e abuso do 'eu. Mas, não sou egoísta. Só me preocupo comigo (auahauiahaih). É que eu me preocupo em encontrar o 'eu que não existe. O meu euzinho, que não existe para você. Pois você é o "eu agora e não eu.Entenderam? Eu não vou falar de você. Até porque, eu nem sei quem sou eu, tampouco sei quem você é. Por isso, deixa 'eu ser egoísta, sem ao menos ser. Até que é bom!
Ta, mas fugindo do assunto e entrando num outro bem diferente. Mas, ainda com os EUS.
Hoje, seguindo minha rotina matinal, caminhei...caminhei. E, depois da crise tomada por mim nesse mês, comecei a sentir novamente.
Senti o ventinho colocando um fio de cabelo para trás,
senti o anél entre os meus dedos.
Senti. Eu senti. E fiquei sentindo.
Ouvi os sons, sons do motor do ônibus,
som dos freios dos carros.
Barulho de um carrinho de nenem. Ouvi.
Eu vi, vi detalhes. Sem pensar.
To pensando agora, e pensei depois também. Pensei: E as outras pessoas?
...O que elas fazem quando andam?
Elas não sentem essa mútua consciência?
Elas não sentem essa existência?...Elas caminhavam...por caminhar?
Caminhavam pensando nos seus afazeres?
Por um momento eu pensei.
Pensei e agradeci por ser eu. Pensei e agradeci por ter tirado o pé esquerdo daquela crise.
Aquela crise que vai passar por completo e vai me deixar assim. Tipo agora.
Paz e gratidão.
love
quinta-feira, 7 de maio de 2009
''Xô!, vida morna.
Eu tenho milhões de vida, eu devo fazer milhões de coisas...O tempo corre como todo o mundo diz. O tempo corre e eu ando vagarosamente.
A lua hoje me disse que era para eu viver.
Eu fiquei chateada com ela. Afinal, eu estou vivendo!
A lua olhou para mim querendo que eu revitalizasse.
Eu gemi de dor. Doeu um mundo em mim.
O dia foi cru.
A noite é ótima.
A noite quer que eu faça os meus deveres.
Deveres bons. Os bons deveres.
Eu regresso no passado, eu durmo acordada.
E eu fico inconsciente. Eu não sinto minhas pernas.
Hoje falei com o meu corpo.
Eu disse: você está aqui, perna.
Você está aqui, mão!
Você está aqui, véu palatino!
Falei comigo, senti meus dedos...Mas a mente procura mentir. A mente procura me afastar da verdade. Eu quero ser consciente. Consciente como antes.
Eu só consigo quando eu quero.
Eu quero.
Eu não consigo.
Eu consigo, mas não quero. Ou quero?
Que 'Eu é esse que quer tanto?
Um 'eu que não existe.
Um 'eu que atravessa meu corpo e fica aí parado, esperando...aguardando. Esperando eu resolver o que eu quero. Que 'eu é esse, meu Deus?
Um 'eu puro, que remexe aqui dentro.
Tranparente e tão translúcido.
Diga-me alguma coisa.
Eu quero tanto a paz!
Eu quero tanto o êxtase.
Aquele êxtase que a gente só tem quando não espera.
Que a gente só tem quando lembra do corpo, mas sem a mente.
E que a gente se sente...
Se sente...
E a gente vive!
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Pegando emprestado.
Peguei a minha vontade e a usei. Abusei!
Era tudo o que eu precisava. Precisava.
Ela fez eu dissipar a votade. Vontade ainda existe?
Peguei a preocupação, a usei. Abusei!
Era o que eu menos queria. Preocupação passeia por mim.
Logo...Frustração.
Frustração não. Frustração, não.
Roubei para mim, o orgulho.
Eu já o possuia...Mas, saiu por aí e ainda não voltou.
Quero agora a ...
Quero o...
Ainda não sei!
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Em mim, o que eu não sei.
Uma outra coisa, das coisas que eu já não entendo, é: Por que meu blog parece ser tão melancólico, quando eu não sou? Ta, não querendo ser descomedida de tal fato, eu me considero uma pessoa bastante feliz e contente, apesar de tudo. ( que tudo seria esse???) Entretanto, este blog foge das espectativas de um ser chamado: Tassi. Ele é escuro, há algumas falas de: vazio e blá blá blá. A lógica, é que todo o mundo tem aquele vaziozinho por dentro. O meu, aflora-se a partir do momento em que eu coloco uma música e sigo com as palavras. ''Masaí'', vem ouuutra pergunta: Que vazio é esse que me deixa anestesiada, que me tira o vazio e me dá tanto prazer? Será que é mero vazio nenhum? Eu tenho êxtase quando escrevo. Eu me sinto. Eu sou. Eu fui. Eu...Agora...Vou.
Beijos a quem, comigo, compartinha a felicidade.
sábado, 25 de abril de 2009
Vida nua
Sei a melancolia em teu olhar, não é só tristeza,
É tédio, cansaço e corrida!...
E tudo isto, para uma vida de desejos indesejáveis,
Tua vida é doença
Queres a vaidade insignificante, ou significante?
O status bestial, ou não?
A luxúria, o egoísmo, queres ser máquina.
Queres ser igual àquele, trancado no inferno de ouro,
Sem saída e destino, saúde e família, sem tempo e
Sem parque, nas pressas, de carro blindado, mansão com muros altos!
Só para ser enterrado imortal, numa lápide de ouro, inveja dos tolos.
Feito ossos, feito podre, e feito nada!
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Aquilo! Isso.
Aqui! Lá.
Meu! Teu.
Esse! Aquele.
Qual? Não sei.
Queres? ...
Pega! O quê?
Não sei. Não duvide.
Seja! Ser?
Esqueça! Não dá.
Por quê? Dá sim.
Espera. Fui.
Foi? Voltei.
Deixa! Eu prometo. Eu esqueço.
... ...
Um final?
RETICÊNCIAS.
Reticências.
O Teatro Mágico
Composição: Fernando Anitelli
Reticências
Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim daqui a pouco não
Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim daqui a pouco
Se agregar não é segregar
Se agora for, foi-se a hora
Dispensar não é não pensar
Se saciou foi-se em bora
Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim daqui a pouco não
Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim daqui a pouco
Se lembrar não é celebrar...
Dura - lhe a dor quando aflora
Esquecer não é perdoar
Se consagrou sangra agora
Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim daqui a pouco não
Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim
Tempo de dá colo, tempo de decolar
Tempo de dá colo, tempo de decolar
O que há é o que é e o que será
(nascerá, nascerá...)
Tempo de dá colo, tempo de decolar
Tempo de dá colo, tempo de decolar
O que há é o que é e o que será
(nascerá, nascerá...)
Reciclar a palavra, o telhado e o porão...
Reinventar tantas outras notas musicais...
Escrever o pretexto, o prefácio e o refrão...
Ser essência... Muito mais...
Ser essência... Muito mais...
A porta aberta, o porto acaso, o caos, o cais...
Se lembrar de celebrar muito mais...
Se lembrar de celebrar muito mais...
Se lembrar de celebrar muito mais...
Tá certo que o nosso mal jeito foi
Vital pra dispensar o nosso bom
O nosso som pausou
E por tanta exposiçao a disposiçao cansou
Secou da fonte da paciencia
E nossa excelencia ficou la fora
Soluçao é a solidão de nós
Deixa eu me livrar das minhas marcas
Deixa eu me lembrar de criar asas
Deixa que esse veraão eu faço só
Deixa que esse verão eu faço só
Deixa que nesse verão eu faço sol
Só me resta agora acreditar
Que esse encontro que se deu
Não nos traduziu o melhor
A conta da saudade quem é que paga
Já que estamos brigados de nada
Já que estamos fincados em dor
Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena nao ter pressa pra passar
Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena nao ter pressa pra passar
Cabô...
quinta-feira, 26 de março de 2009
Eu quase sempre soube o que era certo pra mim.
Sempre tentei compreender cada parte do meu corpo e hoje a da minha mente.
Eu não sei o que aconteceu comigo.
Hoje eu não sei.
As coisas estão fáceis, sim..estão.
Meus amigos estão aqui. Que bom!
Minha melhor fase, comecei a trabalhar.
Mas, algo em mim não anda tão tranquilo.
Algo em mim não está descansando.
Eu quero o meu 'eu de volta. Eu quero o meu 'eu bem forte. Igual ao de sempre.
Quero o meu 'eu todo feliz, completinho da Silva.
Não sei onde ele se perdeu, não sei onde ficou.
Mas eu ando diferente.
Eu não quero isso, quero tirar de mim.
Essa mudança me faz bem. Só que do contrário, não faz.
Ela me machuca, ela faz doer.
Ela faz eu perder o meu tempo escrevendo aqui.
Eu não quero essa mudança.
Uma mudança não. Deixa ser uma fase.
Apenas uma fase...
Uma fase que ( espero) já vai passar!